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O meu nome é Sara. Quando tinha 13 anos diagnosticaram-me um pequeno tumor benigno no úmero. Os médicos não lhe deram muita importância, disseram que, como estava em idade de crescimento, com certeza que se reabsorveria por si mesmo. Eu continuei, com certa inconsciência própria da idade, com a minha vida de adolescente. Terminei o liceu com boas notas, sobrevivi a uma situação familiar muito d...
E-bog
66,68 DKK
Forlag
Sara de Miguel
Udgivet
8 april 2018
Genrer
BGA
Sprog
Portuguese
Format
epub
Beskyttelse
LCP
ISBN
9781507193587
O meu nome é Sara. Quando tinha 13 anos diagnosticaram-me um pequeno tumor benigno no úmero. Os médicos não lhe deram muita importância, disseram que, como estava em idade de crescimento, com certeza que se reabsorveria por si mesmo. Eu continuei, com certa inconsciência própria da idade, com a minha vida de adolescente. Terminei o liceu com boas notas, sobrevivi a uma situação familiar muito difícil, e tive as minhas primeiras experiências como pessoa adulta.
Decidi estudar psicologia porque gosto das pessoas, mas não gosto de as ver sofrer, e pensava poder ajudar os meus semelhantes a sentirem-se melhor consigo mesmos e com aquilo que os rodeia. O tumor estabilizou até que, quando tinha 19 anos, cresceu de forma súbita e rápida.
Invadiu toda a zona do úmero e tive de ser operada com caráter de urgência. Removeram-me o tumor e fizeram-me um excerto de ósseo da anca com osso artificial. Precisei de mais de um ano e meio para recuperar parte da mobilidade. Foi um processo lento e doloroso, sobretudo a nível emocional, já que implicou ter uma vida de pessoa doente enquanto todos os meus amigos tinham uma vida "normal". Foi uma experiência que me afetou muito a todos os níveis. Fez-me repensar as minhas prioridades e valorizar os pequenos momentos e as relações com as pessoas da minha vida.
Esta experiência precoce de doença e a presença da possibilidade (ainda que longínqua, de não podermos evitar de pensar nela) de morrer, fez com que aprofundasse na área da psicologia que trabalha com as pessoas doentes. Queria ouvi-las, partilhar a sua dor física e emocional e poder ajudá-las em tudo o que me fosse possível. O meu primeiro trabalho enquanto psicóloga foi na área da saúde mental, e, paralelamente, durante aqueles sete anos a trabalhar com os doentes com problemas graves de psiquiatria, formei-me e especializei-me em psicologia dos cuidados paliativos.
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Decidi estudar psicologia porque gosto das pessoas, mas não gosto de as ver sofrer, e pensava poder ajudar os meus semelhantes a sentirem-se melhor consigo mesmos e com aquilo que os rodeia. O tumor estabilizou até que, quando tinha 19 anos, cresceu de forma súbita e rápida.
Invadiu toda a zona do úmero e tive de ser operada com caráter de urgência. Removeram-me o tumor e fizeram-me um excerto de ósseo da anca com osso artificial. Precisei de mais de um ano e meio para recuperar parte da mobilidade. Foi um processo lento e doloroso, sobretudo a nível emocional, já que implicou ter uma vida de pessoa doente enquanto todos os meus amigos tinham uma vida "normal". Foi uma experiência que me afetou muito a todos os níveis. Fez-me repensar as minhas prioridades e valorizar os pequenos momentos e as relações com as pessoas da minha vida.
Esta experiência precoce de doença e a presença da possibilidade (ainda que longínqua, de não podermos evitar de pensar nela) de morrer, fez com que aprofundasse na área da psicologia que trabalha com as pessoas doentes. Queria ouvi-las, partilhar a sua dor física e emocional e poder ajudá-las em tudo o que me fosse possível. O meu primeiro trabalho enquanto psicóloga foi na área da saúde mental, e, paralelamente, durante aqueles sete anos a trabalhar com os doentes com problemas graves de psiquiatria, formei-me e especializei-me em psicologia dos cuidados paliativos.
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